Polo militar

Confira o que terá no Centro de Adestramento e Avaliação-Sul (CAA-Sul), que começará a ser construído em 2015 em Santa Maria

Juliana Gelatti

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O objetivo do Centro de Adestramento e Avaliação-Sul (CAA-Sul), que começará a ser construído em 2015 em Santa Maria, é maximizar a eficiência e a eficácia dos treinamentos dos militares economizando recursos em combustíveis e munição.

Será o maior quartel de Santa Maria, com uma unidade também em Rosário do Sul, sendo uma referência em tecnologia de simulação para toda a América do Sul.

Alguns países da Europa têm centros como o que será feito aqui, mas todos eles menos completos. O que mais se assemelha ao projeto brasileiro é o que existe nos Estados Unidos. O CAA-Sul, que ficará em Santa Maria, faz parte do projeto do Sistema de Adestramento e Avaliação, que abrangerá quatro centros em todo o país.

O primeiro desses centros será o de Santa Maria, voltado para a Região Sul. Também será o maior e mais completo de todos. Deve haver outros centros com a mesma função na Amazônia, no Centro Oeste e no Sudeste, em locais ainda a serem definidos. Veja outras características sobre o novo quartel de Santa Maria:

- Investimento: R$ 500 milhões em construções e equipamentos

- Mais de 30 prédios serão construídos em Santa Maria e em Rosário do Sul

- De 800 a mil militares trabalhando no quartel

- A capacidade é para receber mais 1,5 mil militares para treinamento, simultaneamente

- Será possível fazer treinamentos com simulação de três tipos: virtual, viva e construtiva (veja mais no outro quadro)

- A construção está dividida em três fases. A primeira deve ficar pronta e começar a funcionar já em 2018. Em 2025 o centro estará finalizado

- Empresas estrangeiras devem ser contratadas para a obra e para aquisição de equipamentos, já que o país não tem essa tecnologia ainda

Conheça os três tipos de adestramento simulado que o CAA-Sul terá a capacidade para realizar:

- Simulação virtual: Ocorre com computadores e outros equipamentos, que podem estar ligados a telões com sensores. O soldado poderá treinar individualmente, por exemplo, simulando tiros em um cenário virtual. Ou então, um pelotão inteiro poderá estar na mesma sala com um só telão à frente, simulando seus movimentos e ações em uma mesma batalha

- Simulação viva: Ocorre no campo, e os soldados usam armas e blindados. Porém, em vez de munição, os equipamentos têm laser e emitem sinais de radiofrequência. Nas viaturas e nas fardas, há sensores que captam um tiro do combatente inimigo, por exemplo, sinalizando que aquele soldado está fora de combate. Todas as informações sobre a movimentação da tropa e disparos virtuais irão para uma central que acompanha tudo e pode avaliar o desempenho do treinamento

- Simulação construtiva: Ocorre principalmente com o uso de softwares em computadores, que são empregados por militares em função de comando, para treinar a tática e a estratégia do combate. Os comandantes dão ordens a tropas nesse simulador e podem avaliar o desempenho, tendo de tomar decisões para atingir o objetivo. Uma novidade em relação a outros sistemas de simulação que já existem no mundo é que o brasileiro terá integração entre a simulação construtiva e as demais. Assim, uma ordem dada pelo comandante será comunicada à tropa que está no campo, que colocará em prática e, em tempo real, o general poderá avaliar o resultado daquela decisão

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